"A vida humana dura apenas um instante. Devemos passá-la fazendo o que nos agrada. Neste mundo passageiro, como um sonho, viver na infelicidade fazendo apenas aquilo que nos desagrada é tolice”. (Jocho Yamamoto)
Parece que lá no fundo, ainda existe a necessidade de te mostrar como estou e de saber o que se passa em sua cabeça (seja para saber se desaprovas minha conduta ou saber qual é sua conduta e quanto estás diferentes depois da separação)
Às vezes me canso de conversas superficiais, e é exatamente nestes momentos que sinto sua falta.
Sei que ainda nos ronda uma inibição que não é forte o suficiente para evitar uma ligação. Às vezes tentamos misturá-la com raiva, fazendo cobranças que não fazem sentido, relembrando de fatos, que apenas servem de lição e não mais de prova de culpa ou não, e daí então bloqueamos ainda mais qualquer outra aspiração. Mas por que não viver isso? Desde quando isso é anormal entre relacionamentos antigos, e principalmente , daqueles que nos marcaram de uma forma forte, nos acrescentando e remodelando nossa forma de ver o mundo.
Às vezes, tenho a impressão de que não vale trocar, (apenas neste âmbito). Parece que não mais existem pessoas capazes de nos entender e suprir desejos, carências.. trocas que possam ser intensas e capazes de fazer uma simples companhia ser o complemento para nossa existência em um momento.
Já ouvi dizer de que devemos nos relacionar profundamente com 10 pessoas. Caso se ultrapasse este número, há uma grande probabilidade de erro nos escolhidos e a descoberta de tal erro não será tardia. Pode até ser exagero. Confesso até, com todo o meu radicalismo, que sempre cosiderei a premissa errada, mas hoje tavez não...
E isto, assim como os demais sintomas, não quer meramente demonstrar descrença em relação as pessoas ou ao Mundo. Talvez prefira me apegar ao contexto de que agora eu valorizo o que merece ser cultivado/ cativado (quanta subjetividade...), do que a pensar que estou com mais medo da decepção, mesmo que fomente a superficialidade em minhas relações frente o medo da troca.
É difícil, eu sei, mas acredito que só assim conseguimos aprender a focar, trocar, amar e a valorizar como se deve ser, as pessoas queridas e importantes, que tanto nos acrescentam durante a vida...
E valorizar (ah como isso é complicado!), nos confunde a cada dia, talvez pela indefinição do novo status do sentimento que permanece. Ou talvez nada mais seja do que um novo estágio do verdadeiro amor.